terça-feira, 29 de novembro de 2011

Pesquisa de campo

Grupo:

Marcus Vinicius Cardozo Oliveira

Bruno Domingues

Nathalia Paranhos

Nossa pesquisa social aconteceu no dia 12/12/2011 na Galeria do Rock, em São Paulo.

A pesquisa foi sobre as baladas góticas em geral, descobrimos que muitas pessoas frequentavam o madame satã, e hoje em dia não frequentam mais tantas baladas como antigamente, muitos pararam pois ficaram sem tempo por causa da maturidade e responsabilidades novas a se comprir e outros pelo fechamento da casa e por não haver mais baladas como antigamente, os que ainda frequentam costumam ir em casas como o Aeroflith, Fofinho, Hotel Cambridge e after dark, abaixo segue trechos de nossa entrevista.


Quem lhe apresentou a cultura ? como ?

R: apresentado por uma amiga, que curtia muito uma banda de gotic metal.

R:Famialiares e amigos. Através de fotos, cds, baladas

R:Conheci superficialmente quando convidado para alguma 'casa gotica', por amigos. Mas me aprofundei na subcultura por iniciativa própria.

R:ouvi falar sobre gótico e fui atrás conheci pessoas na galeria do rock, fiz amizades, ganhei fitas k7...

O que é ser gótico pra você ?

R: é mais que um estilo musical e visual é uma cultura completa

R: Gótico é bem mais do que ouvir e gostar desse estilo de música, ter atração por cemitérios e vestir-se de preto todos os dias. è uma filosofia, um estilo de vida único.

R:É se identificar com os valores, comportamentos e estética da subcultura gótica sem sofrer crises de identidade.

R:Alguém que aprecia a cultura gótica, já a definição do que pertence a cultura gótica já é um tanto mais complexo...

Qual baladas você frequenta ou frequentava ? caso não frequente mais qual o motivo para não frequentar mais ?

R: antigamente Madame Satã e Crow Rock bar, hoje em dia: Via Underground, Carbono entre outras

R:Madame, Pub Fiction, Morpheus, After Dark, BlackOut, Aeroflith...

R:Crow, Salamandra, Fofinho, Madame Satã

R: Madame Satã hoje em dia não frequento mais nenhuma.

R:Madame Satã, Crow rockbar, Blackmore, Suzy, Hotel Cambridge

Pra você existe alguma diferença entre as baladas góticas de antigamente e as de hoje em dia? Se sim qual a diferença e quais você gosta mais ?

R: Sim existe muita diferença, principalmente nas musicas, as baladas de hoje em dia so toca metal melodico e pouco gotico, sem duvidas que prefiro as antigas

R:Sim. As baladas de hj em dia, praticamente tocam só Metal Melódico e Gótic Metal. Antigamente, costumavam tocar bandas mais tradicionais da cultura, como por exemplo Lacrimosa, Depeche Mode, Gitane Demone, etc.

R:Com propriedade, nao sei pq nao sou tão veterano assim. Mas é óbvio que muitas coisas mudaram, seja pelo desenvolvimento tecnológico (conseguir material de bandas gringas era tarefa árdua, hoje com a internet é algo trivial), seja tbm por uma maior aceitação social (a noite, dizem, era mais violenta, a maior parte das pessoas não aceitava bem um gótico - hoje, ainda que nao completamente, um gótico mesmo ultra produzido já pode até andar despercebido na avenida paulista), dentre outras coisas. De qualquer forma, acredito que a maior parte dos saudosistas sente falta da sua juventude e vigor e confunde isso com a falsa idéia de que 'o passado era melhor'. As coisas simplesmente mudam, e a escala de valores, pelo menos nesse caso é relativa.

R:Hoje em dia não existe nenhuma casa comandada por alguém do meio gótico/alternativo, apenas festas. Isso faz com que alguns pontos fiquem de fora, como decoração, equipamento para as bandas tocarem e um enfoque mais cultural


quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Música e Estilos

A música gótica tem muita influencia de música clássica, vocais clássicos, tenores, sopranos, enfim, vocais maravilhosos, violinos, violoncelos, pianos, orquestras, e muito mais! Quanto as letras falam de coisas inteligentes (muito ao contrário de outros estilos musicais que só sabem explorar o corpo feminino e descrever o que você deve fazer pra dançar a música) a música gótica, entre vários dos seus temas, fala muito sobre o amor, mas de forma profunda, e não hipócrita, falam sobre temas ocultos, histórias, mitologia, deuses, vida, morte, enfim, fala de coisas diferentes.

Lacrimosa

ALLEINE ZU ZWEIT

Composição: Desconhecido

Am Ende der Wahrheit
Am Ende des Lichts
Am Ende der Liebe
Am ende - da stehst du
Nichts hat überlebt
Wir haben schweigend uns schon lange getrennt
Und mit jedem Tag wir
Wuchs die Lüge unserer Liebe
Und je weiter wir den Weg zusammen gingen
Desto weiter haben wir uns voneinander entfernt

Einsam - gemeinsam
Wir haben verlernt uns neu zu suchen
Die Gewohnheit vernebelt
Die Trägheit erstickt
Der Hochmut macht trunken
Und die Nähe treibt zur Flucht

Tanz - mein Leben - tanz
Tanz mit mir
Tanz mit mir noch einmal
In den puren Rausch der nackten Liebe

Und wenn ich sie/ihn so sehe
Wenn ich sie/ihn erlebe
Wenn ich uns betrachte
Etwas hat überlebt
Und wenn ich Kraft und Hoffnung fände
Wenn ich selbst noch den Glauben an uns hätte
Wenn ich sie/ihn erreichen könnte
Sie/ihn noch einmal für mich hätte
Wenn die Basis - unser Fundament
Wenn wir uns noch einmal neu entdecken würden
Wenn sie/er nur wollte
Ich will !

Lacrimosa

Alleine Zu Zweit (Tradução)



Composição: Desconhecido

Juntos Sozinhos

No fim da verdade
No fim da luz
No fim do amor
No fim - existe você
Nada sobreviveu
Nós nos separamos silenciosamente há muito tempo atrás
E com o dia a dia de 'nös'
A mentira do nosso amor cresceu
E quanto mais nós percorremos nossos caminhos juntos
tanto mais nós nos distanciamos

Sozinhos - Juntos
Nós nos esquecemos como procurar um ao outro
Hábito obscurece a visão
Letargia sufoca os sentidos
Orgulho intoxica a mente
E a proximidade distancia

Dance - minha vida - dance
Dance comigo
Dance comigo mais uma vez nesse
puro êxtase de amor despido

E quando eu olhei para ele
Quando eu a experimentei
Quando eu vejo nós dois
Alguma coisa sobreviveu
E se eu tivesse que encontrar forças e esperança
Se eu ainda tiver fé em nós dois
Se eu pudesse conseguir a ligação com ela/ele
Se eu a/o pudesse ter uma vez mais para mim
Se pudéssemos retornar ao básico - nossas fundações
Se pudessemos nos redescobrir outra vez
Se ao menos ela/ele quisesse
Eu faria!

A história da música gótica vem desde os anos 70, com o surgimento de bandas como Bauhaus, The Cure, The Cult, Joy Division, Systers of Mercy, chegando ao que temos hoje,bandas de altíssima qualidade como Tristania, Sirenia, Lacrimosa, After Forever, e muitas outras.

Mistérios da Música

Quando Nicolo Paganini passava por uma cidade o caos se instalava. Não só pelos fãs, principalmente jovens histéricas desesperadamente apaixonadas, mas também pelos outros músicos, que acorriam de muito longe apenas para ouvi-lo, observando atentamente cada gesto de seus dedos sobre as cordas do instrumento. Era muito fácil reconhecê-los: durante o espetáculo, enquanto a multidão chorava e gritava em delírio, eles ficavam muito quietos, pálidos, com os olhos cravados no palco, a boca crispada, no desespero sem fim daqueles que sabem que nunca serão assim tão bons. Ninguém podia competir com ele, mas o pior era a atitude, inconveniente e desaforada. Tinha vindo de uma família muito pobre e acumulara uma enorme fortuna com seu talento: podia muito bem agir como quisesse, permitir-se todos os excessos. Em dois anos e meio, por exemplo, percorreu 40 cidades da Europa, que caíram aos seus pés.

Naturalmente, como todo gênio, tinha inúmeros inimigos e circulavam a seu respeito os boatos mais sinistros, boatos que ele nunca fez o menor esforço para desmentir. Acima de tudo, era completamente indiferente às opiniões da sociedade, que o adorava e temia ao mesmo tempo. Diziam que o seu talento muito acima do normal era fruto de um pacto com o Diabo, o que só fez aumentar o seu carisma. Diziam que as cordas com que tocava eram muito especiais, feitas das entranhas de seu mestre. Depois teria feito um outro jogo com as de uma amante que se matara especialmente para isso. No entanto, a lenda acrescenta que apenas uma pessoa que o amasse e que cedesse espontaneamente sua vida poderia tornar-se parte de seu instrumento. O certo é que ele produzia sons que ninguém tinha ouvido antes fora de um pesadelo.

Quem assistiu as suas apresentações refere que, ao seu comando, a sala parecia encher-se de espectros, almas em tormento, uivando como a tempestade. Quando tocava podia-se ouvir o choro das crianças, o riso dos demônios, o grito arrepiante de um universo em agonia. Grupos religiosos protestavam quando ele chegava a uma cidade, acusando-o de ter pacto com o Diabo, mas ele apenas sorria e chegou a compor uma melodia perturbadora citando-o explicitamente. Seus trajes estranhos, seu comportamento silencioso e polido contrastando com a fúria no palco, onde se transformava em uma fera, com os olhos em chamas e um sorriso maligno, tudo contribuía para essa fama que o tornou uma lenda inesquecível.

Essa história aconteceu há uns duzentos anos atrás, principalmente entre 1828 a 1831, período máximo da glória de Nicolo Paganini, compositor e o maior violinista de todos os tempos. A lenda sobre o encordoamento tem origem no fato de que as tripas de carneiro que compunham as cordas do violino poderiam, de fato, ser substituídas por um jogo humano, ganhando assim uma sonoridade sobrenatural. A estranha personalidade de Paganini contribuiu bastante para aumentar as lendas. Diz-se que, a partir dos 30 anos, nunca mais ensaiou e que vivia cercado por uma nuvem vigilante de aprendizes, discípulos e mesmo adversários, sempre em busca dos segredos de sua técnica. Os relatos de seus espetáculos fariam empalidecer de inveja os Beatles ou qualquer grupo de rock até hoje, assemelhando-se mais a uma experiência próxima do êxtase coletivo ou do pavor absoluto. Choro convulsivo apenas rompia o silêncio absoluto quando ele queria e, quando queria o contrário, fazia corar as donzelas com acordes muito próximos da agonia do orgasmo e todos sentiam uma fúria incontrolável tomar conta de sua alma. Em quase todas as cidades em que se apresentava saía dos teatros carregado em triunfo pelas ruas, naturalmente até alguma casa mal-afamada na qual o ópio, o vinho e o haxixe pontuavam uma orgia incendiária e minuciosa.

Como podemos perceber desse relato que oscila entre o verídico e o legendário, os poderes da música provocam efeitos muitas vezes imprevisíveis, pelo fato de que os acordes ressoam no coração do ouvinte, tangendo uma corda sutil que afina os nossos estados de alma.

Uma melodia pode ser tranqüila e comovente e ainda assim ser maligna, por predispor a um estado, por exemplo, de profundo desalento e melancolia. A banda "Siouxie and The Banshees", adepta do vodu haitiano, é uma ilustração muito clara desse princípio. Por outro lado, uma música erudita, de um autor clássico, também pode ter uma influência nefasta, ao trazer referenciais emocionais arcaicos, obsoletos, naturalmente quando a pessoa não se identifica com ela, ouvindo-a apenas por pedantismo ou mero hábito, porque lhe disseram que era isso o de que deveria gostar.

Acima de tudo, é preciso estar consciente de que, preferências à parte, cada um de nós tem uma freqüência vibratória emocional única, específica, e que muda a cada instante. Assim, o importante é utilizarmos a energia maravilhosa das harmonias musicais para expressarmos livremente as nossas emoções, seja ouvindo ou tocando algum instrumento. Não é por outra razão que a música sempre faz parte dos rituais religiosos, seja em forma de canto, percussão ou outras. Nas igrejas " gospel ", por exemplo, muitas pessoas sem fé ou de outras fés vão aos cultos apenas para ouvir os corais, de poderosa musicalidade. Nas religiões afro, por outro lado, o ritmo febril dos tambores e atabaques tem derrubado mais de um cético e feito mais de um ateu cair em transe possuído por alguma divindade.

Estilos Góticos

Existem alguns elementos que podem ser comuns na musica gótica: arranjos e harmonizações que lembram o erudito; letras com temas ocultistas ou filosóficas; a atmosfera dark das bandas etc. Alguns derivados do heavy metal ou do new age foram incorporados ao gótico, assim a música gótica foi subdividida em alguns segmentos:

Rock Gótico – É o primeiro estilo considerado música gótica. Possui letras filosóficas e melancólicas. O instrumental é simples, com guitarras, baixo e bateria. O vocal é pesado, grave e algumas vezes urrante. The Sisters of Mercy, Siouxsie & The Banshees são algumas bandas representantes deste segmento.


The Sisters of Mercy - Lucretia, My Reflection

Pop Gothic – Este estilo de música gótica que oscila entre a depressão e a euforia, tanto nos arranjos como nos temas. O Pop Gothic é aceito por várias tribos e assimilado por outras tantas ideologias. É considerado um dos mais populares e difundidos além do meio underground. Bandas: The Cure, Depeche Mode...

Depeche Mode - Personal jesus


Gótico Eletrônico – É um dos segmentos que causam mais polêmica. É ignorado por alguns góticos, e idolatrado por outros. Marilyn Manson, e sua música “satânica” é um ótimo exemplo do gótico eletrônico; porém este estilo também é chamado de Rock Industrial e assimila elementos dos outros estilos góticos, como as letras obscuras e arranjos macabros.

Deathstars - Death Dies Hard

Classics/Lírico/Ethereal – Esta facção da música gótica é muito bem aceita pelo publico erudito. O gótico Lírico agrega em si elementos da música clássica. Com arranjos orquestrados de violino e piano, somados aos vocais sopranos e tenores, torna-se um estilo mais sofisticado e “limpo” aos ouvidos. As letras exploram temas culturais mais intelectualizados, mas sem deixar de lado a face filosófica e noturna. Algumas vezes também é associado ao New Age ou World Music. Bandas como o Opera Multi Steel, Dead Can Dance e Era, são alguns exemplos do estilo.

Opera Multi Steel - Unfroidseul


Gothic Metal – É um dos estilos mais recentes. Houve uma divulgação muito intensa nos últimos anos, principalmente na década de 90. Combina o metal com o clássico. Aliado a um vocal masculino extremamente grave, com vocais femininos líricos (sopranos), o Gothic Metal mantém a postura de temas ocultos e filosóficos. Os arranjos também usam violinos, pianos e outros instrumentos eruditos. Nesse estilo, percebe-se também a inclusão de corais de vozes e letras em latim. A banda holandesa After Forever pode ser considerada uma das maiores referências desse estilo.

Lacrimosa - Siehst Du mich im Licht


Darkwave - Dark wave, também escrito como darkwave, é um gênero musical que teve seu início no final dos anos 1970s, coincidindo com a ascensão popular da New Wave e do post-punk. Construída sobre princípios básicos, dark wave inclui a escuridão, o dark, mais as letras introspectivas e sonoridade depressiva. Nos anos 1980, uma subcultura se desenvolveu ao lado da dark wave music, sendo que seus membros eram chamados de "wavers" ou "dark wavers". O pos -punk Britanico que inspirou o Gothic rock deu o pontapé inicial para o movimento. Assim sendo, a dark wave foi ligada a subcultura gótica.


SOPOR AETERNUS - In der Palästra


Doom Metal – A palavra “Doom” significa “condenação” ou “juízo final”. Este conceito é suficiente para termos uma idéia básica do Doom Metal. Uma das primeiras bandas a receberem este rótulo foi o Black Sabbath nos anos 70. Porém, o Doom Metal foi ganhando adeptos e na década de 90 surgiram outras bandas que incorporaram novos elementos sonoros, a influência temática do Gótico chegou ao Doom. Paradise Lost e Theatre of Tragedy inovaram com os vocais femininos líricos. Assim o Doom Metal foi “inserido” no estilo de música gótica.

Theatre Of Tragedy - Storm


E.B.M - (Electronic Body Music) é um gênero musical, resultante da fusão do Synthpop dos anos 80 com a musica industrial, criando um estilo pesado e agressivo, porém amigável com as pistas de dança.

Em meados dos anos 80, o grupo belga Front 242 inventa o termo EBM (eletronic body music) para explicar o som que eles faziam. A música EBM consiste (mas não exclusivamente) de timbres eletrônicos, na grande maioria das vezes sintetizados, letras agressivas, batidas distorcidas e algumas vezes a utilização de instrumentos nada convencionais, como serras elétricas e furadeiras.

Vale ressaltar que embora considerados sinônimos as vezes, existe uma diferença entre Música Industrial e EBM, embora ambos os gêneros compartilhem a mesma raiz.

Como a maioria dos gêneros musicais alternativos, o EBM possui baixa popularidade.

Há algumas subculturas que influenciaram a EBM, sendo as mais notáveis: Gótica , Riverthead, Punk e Skinhead.

Einsenfunk - Pong

Death Rock - Em geral a música death rock se caracteriza por uma atmosfera introspectiva dentro de uma estrutura musical punk. Músicas de death rock se utilizam na maioria das vezes de acordes simples, guitarras ecoantes que geralmente servem de pano de fundo musical junto com sintetizadores, e fio condutor musical predominantemente feito por baixo (exceções a essa regra são possíveis, por exemplo no caso de bandas como o The Mighty Sphincter). A bateria geralmente reproduz o estilo tribal dentro de uma assinatura de tempo 4/4 do pós-punk (estilo consagrado por bateristas do UK Decay, Bauhaus, Southern Death Cult, Ritual,Sex Gang Children, bandas estas que inclusive são extremamente significativas para o deat hrock). Em bandas mais recentes de death rock, é comum também o uso de baterias eletrônicas e texturas ambientais complexas feitas por sintetizadores e vocoders, influência vinda diretamente do darkwave.

As letras variam muito, geralmente trazendo um tom introspectivo, mais propriamente surreal e bipolar do que depressivo, como no caso de letras de música gótica. Temas recorrentes são isolamento, desilusão, perda, depressão, vida, morte, todos ligados a uma forma de percepção violentamente individualista, hedonista e incongruente com padrões de comportamento. Um bom exemplo do padrão que segue letras de death rock é "Lindsay's Trachea" do grupo californiano Cinema Strange, que trata do diálogo interno de um doutor esquizofrênico com sua segunda personalidade. O tema explorado é o da dor e morte física como correlato da degradação mental, um leitmotiv constante no estilo. Outra constante na temática das letras é a do humor negro, às vezes narrativas extravagantes e de gosto duvidoso sobre violência e psicopatia, o que leva algumas bandas a incorporarem elementos de psychobilly e surf rock.[1]

Contanto, a estrutura relativamente simples das letras é compensada por uma atmosfera densa, e o ritmo, que no rock é geralmente tecido pela interação dos instrumentos, fica a cargo da expressividade do vocalista. Vocalistas de death rock, assim como os de pós-punk, são tipicamente donos de vozes únicas e forte presença de palco, alguns partindo para a teatralidade que age em relação à própria temática bizarra das músicas.

Cinema Strange - Moundshroud


Góticos Famosos

· GAUDÍ Y CORNET (Antoni ou Antonio), arquiteto espanhol (Reus, preto de Tarragona, 1852 - Barcelona 1926). Sua obra, marcada pela influência racionalista assim como pelo gosto da arte medieval e tradição catalã, caracterizou-se por grande inventividade formal e técnica. A escolha dos materiais (tijolo, cerâmica, cimento), a organização do espaço arquitetônico, a introdução de formas novas (espirais, parabolóides, hiperbolóides), o amor do artista pelos elementos naturais e vegetais e, por fim, seu misticismo constituem um todo coerente e ao mesmo tempo conflitante e dinâmico, que evoluiu das primeiras realizações (casa Vicens em Barcelona, 1878), passando pela capela da Colónia Güell (em Santa Coloma de Cervelló, 1898-1914), o parque Güell (1900-1914), as casas Batló e Milá (1905), até a fantástica igreja da Sagrada Família, à qual Gaudí dedicou mais de 40 anos de sua vida (a partir de 1884) e que não pôde terminar.

· GIOVANNI DI PAOLO Pintor italiano (Siena c. 1399 - id 1482). Influenciado por Sassetta e Gentile da Fabriano, mas dotado de uma espiritualidade patética e visionária, permanesceu ligado à expressão gótica (polípticos e painéis avulsos, pinacoteca de Siena).

· GIOVANNI PISANO Escultor e arquiteto italiano (? C. 1248 - Siena após 1314). Filho e colaborador de Nicola Pisano, inspirou-se, como o pai, nos relevos antigos, mas aliou à cultura clássica um grande conhecimento da escultura gótica francessa. De 1284 a 1299 dividiu sua atividade entre a fachada da catedral de Siena e os últimos trabalhos de decoração do batistério de Pisa. Foi o autor do púlpito de Sant´Andrea da Pistola ( terminado em 1301), num estilo atormentado, e do da catedral de Pisa (1302-1310), mais clássico.

· GUILLAUME GUILLET Arquiteto francês (Fontaine-Chaalis 1912). Discípulo de Perrt, Prêmio de Roma em 1946, destacou-se principalmente com os pavoilhóes da França e de aris na Exposição de Bruxelas (1968) e a igreja de Notre-Dame de Royan (1954-1959), projetos realizados com a colaboração dos engenheiros Lafaile e Sarger.

· ÁLVARES DE AZEVEDO (Manuel Antônio Álvares de Azevedo) (São Paulo, SP, de 1831 à 1852), um dos maiores poetas românticos no Brasil. Em 1847, ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo, onde escreveu a maior parte de sua obra (poesias, contos, ensaios, traduçóes, teatro). A maior contribuição de sua poesia reside na tentativa de libertar-se da influência portuguesa e criar um caminho próprio para a literatura brasileira. Morreu jovem, aos 21 anos de idade, vítima de tuberculose. Muitos poemas seus foram reunidos no volume Lira dos Vinte Anos e publicado posteriormente (1853), fazendo grande sucesso. Publicaram-se, depois, sucessivas edições, todas com o nome de Obras de Álvares de Azevedo, variando apenas a apresentação. A 4º edição (1873) incluía Lira dos Vinte Anos, Poesias Diversas e Poemas do Frade, além de textos em prosa, como Cartas, Discursos e Estudos Literários. Em 1878, seus contos foram publicados com o nome de A Noite na Taverna. Finalmente, em 1942, editaram-se suas Obras Completas, que, além de reunirem os trabalhos já citados, incluem O Conde Lopo, O Livro de Fra-Godinho e Literatura e Civilização em Portugal.

· EDGAR ALLAN POE nasceu em Boston, EUA, em 1809, de um casal de atores fracassados. Órfão aos dois anos de idade, adotado por rico comerciante, viajou pela Escócia e Inglaterra, recebendo esmerada educação clássica. Em 1826, freqüenta a Universidade de Virgília, estudando grego, latim, francês, espanhol e italiano, mas abandona o estudo por causa do jogo. No ano seguinte, retorna a Boston, onde publica Tamerlão e Outros Poemas, e, em 1829, um novo volume de poesias: Al Aaraaf, Tamerlão e Poemas Menores. Ingressa na West Point, mas é expulso por falta às aulas. Dedica-se então à literatura, numa vida nômade, partindo para Nova York, o maior centro literário americano da época. Em 1831, publica Poemas; em 1833, com Manuscritos Encontrados numa Garrafa ganha um prêmio de 50 dólares e torna-se redator e editor do Literary Messenger; mas é demitido por abuso a bebida. Em 1838, em Filadélfia, trabalha como editor no Button´s Gentleman Magazine. Escreve A Queda da Casa de Usher e Contos do Grotesco e do Arabesco. Em 1840, demite-se do Button´s e, em 1841, passa a editar o Graham´s Magazine; nele publica seu primeiro romance policial, Os Crimes da Rua Morgue, e, em 1841, o conto policial O Escaravelho de Ouro, que lhe dá 100 dólares de prêmio, além de prestígio e publicidade. Em 1848, em Nova York, escreve A Balela do Balão e torna-se subeditor do Evening Mirror, onde publica o célebre poema O Corvo. Certo dia, após uma bebedeira, é encontrado inconsciente numa rua. Levado para um hospital, vem a falecer em 1849. A base de toda a prosa de Poe apoia-se no fantástico das exacerbações da natureza humana: alucinações, cuja lógica ultrapassa a da consciência habitual; mentes inquietas e febris; personagens neuróticas; o duplo de cada homem. A impressão de realismo é criada dentro do irreal. Os cenários são brumosos, repletos de elementos de morte e fatalidade. O fatalismo e mergulho no lado desconhecido da alma humana revelam uma vivência pessoal que fez de Poe num dos principais "escritores malditos" da Literatura Universal. A influência de Poe estendeu-se à poesia simbolista, à ficção cientifica, ao romance policial moderno e psicológico. Em 1848, Contos do Grotesco e do Arabesco foi publicado na França como Histórias Extraordinárias, por Baudelaire.

· HOFFMANN (1776 - 1822), advogado, pintor, crítico, compositor e escritor alemão, considerado o maior contistas do romantismo de sua língua. É conhecido sobretudo por suas histórias fantásticas, povoadas de Doppelgänger (espectros que as pessoas vêem como sua própria imagem ao espelho) e outras aparições. Como compositor, seu estilo melódico se situa entre o contraposto e o lírico. Escreveu Peças Fantãsticas à Maneira de Callot (1814/15), Os Elixires do Diabo (1815), Peças Noturnas (1817), Princesas Brambilia (1821), Opiniões do Gato Murr (1820/22). Compâs a ópera Undine (1814), música sacra e de câmara. Exerceu influência sobre muitos escritores, entre elesBaudelaire, Poe, Púchkin e Gógol. Jacques Offenbach inspirou-se em suas obras para compor a opereta Contos de Hoffmann (1881).

· HORACE WALPOLEH orace Walpole, (1717 - 1797), escritor inglês, filho de Robert Walpole. Foi o criador da novela Gótica, com o livro O Castelo de Otranto (1765). Ficou famoso por suas cartas, das quais restaram cerca de 3000, que representam um retrato detalhado da Inglaterra do séc. XVIII

Literatura gótica

Na literatura gótica é possível encontrarmos uma definição estética e ideológica sobre os vários aspectos que compõe esta sub-cultura. Basicamente, os temas que a envolvem criam uma atmosfera sombria em cenários medievais, aliados a enredos em que os principais personagens são os anti-heróis.

Com a popularização da literatura, o movimento gótico e suas manifestações ganharam adeptos na sociedade burguesa e principalmente entre os escritores que surgiam e se identificavam com esta proposta soturna. Os sentimentos de tristeza profunda, melancolia, intimismo e egocentrismo foram aliados a temática gótica, criando os alicerces e definindo com nitidez o estilo literário que seria incluído no segundo período do Romantismo.

A literatura gótica, de linguagem e temas lúgubres, seria classificada no segundo período do Romantismo como o “Ultra-Romantismo”. O prefixo “ultra” foi adicionado a palavra “romantismo” para identificar a excessiva valorização sentimental inserida ao estilo. Ainda sim, foi uma classificação suave para definir contos e poesias inspirados na face obscura da alma humana.

Também chamado de “mal-do-século”, o ultra-romantismo combinava em si os elementos da literatura gótica somados ao pessimismo, tédio intrínseco, escapismo, culto da solidão e subjetivismo. Mesmo assim, não se pode dizer que exista uma diferença relevante entre literatura gótica e ultra-romantismo; há apenas um acréscimo de valores espirituais e emocionais à medida que a linguagem e os temas foram se expandindo. Enfim, literatura gótica e ultra-romantismo são essencialmente a mesma manifestação literária.

É importante salientar a oposição social e principalmente acadêmica em relação a literatura gótica. Os poetas ultra-românticos eram pejorativamente chamados de “poetas de cemitério’’. E todos os escritores e leitores adeptos do goticismo classificados como “alunos da escola de morrer cedo”. Porém, a contribuição da produção ultra-romântica para a literatura mundial é inegável. Temos como um ótimo exemplo de escritor gótico o Álvares de Azevedo temos um exemplo de sua obra logo abaixo.

SONHANDO

Na praia deserta que a lua branqueia,

Que mimo! que rosa! que filha de Deus!

Tão pálida... ao vê-la meu ser devaneia,

Sufoco nos lábios os hálitos meus!

Não corras na areia,

Não corras assim!

Donzela, onde vais?

Tem pena de mim!

A praia é tão longa! e a onda bravia

As roupas de gaza te molha de escuma...

De noite, aos serenos, a areia é tão fria...

Tão úmido o vento que os ares perfuma!

És tão doentia...

Não corras assim...

Donzela, onde vais?

Tem pena de mim!

A brisa teus negros cabelos soltou,

O orvalho da face te esfria o suor,

Teus seios palpitam — a brisa os roçou,

Beijou-os, suspira, desmaia de amor!

Teu pé tropeçou...

Não corras assim...

Donzela, onde vais?

Tem pena de mim!

E o pálido mimo da minha paixão

Num longo soluço tremeu e parou,

Sentou-se na praia, sozinha no chão,

A mão regelada no colo pousou!

Que tens, coração

Que tremes assim?

Cansaste, donzela?

Tem pena de mim!

Deitou-se na areia que a vaga molhou.

Imóvel e branca na praia dormia;

Mas nem os seus olhos o sono fechou

E nem o seu colo de neve tremia...

O seio gelou?...

Não durmas assim!

O pálida fria,

Tem pena de mim!

Dormia: — na fronte que níveo suar...

Que mão regelada no lânguido peito...

Não era mais alvo seu leito do mar,

Não era mais frio seu gélido leito!

Nem um ressonar...

Não durmas assim...

O pálida fria,

Tem pena de mim!

Aqui no meu peito vem antes sonhar

Nos longos suspiros do meu coração:

Eu quero em meus lábios teu seio aquentar,

Teu colo, essas faces, e a gélida mão...

Não durmas no mar!

Não durmas assim.

Estátua sem vida,

Tem pena de mim!

E a vaga crescia seu corpo banhando,

As cândidas formas movendo de leve!

E eu vi-a suave nas águas boiando

Com soltos cabelos nas roupas de neve!

Nas vagas sonhando

Não durmas assim...

Donzela, onde vais?

Tem pena de mim!

E a imagem da virgem nas águas do mar

Brilhava tão branca no límpido véu...

Nem mais transparente luzia o luar

No ambiente sem nuvens da noite do céu!

Nas águas do mar

Não durmas assim...

Não morras, donzela,

Espera por mim!

Morte & Poesia

Mais do que em outras gerações do romantismo, o ultra-romantismo se destacou através do sentimentalismo excessivo e sombrio. Além disso, vários de seus autores tiveram a existência marcada pelo sofrimento, e um reconhecimento literário póstumo.

O autor Cruz e Souza teve o casamento atormentado pelos distúrbios mentais de sua esposa, e a morte de seus quatro filhos vitimados pela tuberculose pulmonar. Edgar Allan Poe viveu na miséria por muito tempo. O escritor e religioso Junqueira Freire morreu, prematuramente, aos 23 anos. Casimiro de Abreu morreu enfraquecido pela tuberculose em 1860, três meses antes de completar 22 anos.

Assim também foi a trajetória do mais famoso ultra-romântico brasileiro: Álvares de Azevedo. O paulista viveu e escreveu sob a tétrica fluência Byroniana, falecendo precocemente no dia 25 de Abril de 1852, aos 21 anos. Enquanto seu corpo era sepultado, o amigo Joaquim Manuel de Macedo recitava Se Eu Morresse Amanhã; obra escrita por Álvares de Azevedo poucos dias antes. Mas o poeta teria pressentido sua morte?

O inglês Lord Byron morreu aos 36 anos, mas sua poesia é vasta, pontuada nos temas fúnebres e sobrenaturais. Em sua inacabada obra Don Juan, escreveu: Sobre o tálamo nupcial, dizem os rumores/ Na noite das bodas de leve esvoaça/ Mas ao leito de morte de seus senhores/ Não falha - para gozar a desgraça... Esta é uma alusão ao fantasma do Frade Negro. Há uma lenda, que esta aparição invadia a mansão da Família Byron regozijando-se nas tragédias; por outro lado, apresentava-se com feições pesarosas nas ocasiões felizes. Mas este fantasma teria atormentado, e de certa forma, inspirado Lord Byron?

O conceito do suicídio também está presente, mas algumas vezes, esta idéia foi além dos versos e alcançou a vida dos autores. Abalado com o falecimento de seu avô, Lovecraft tentou se matar aos 14 anos, atirando-se de bicicleta no rio Barrington. A biografia da poetisa Florbela Espanca nos traz um exemplo fatal: após casamentos infelizes, rejeição da família e da sociedade e dois abortos, Florbela suicidou-se aos 36 anos ingerindo uma dose excessiva de medicamentos.

As tragédias pessoais também alimentam a inspiração ultra-romântica. Fagundes Varela escreveu Cântico do Calvário, uma homenagem ao seu filho morto aos três meses de idade. Ainda sofreu a perda de outro filho em seu segundo matrimônio, e faleceu aos 34 anos em absoluto desequilíbrio mental.

Ainda neste contexto, podemos citar novamente Florbela Espanca. A poetisa portuguesa é autora de As Máscaras do Destino; dedicada ao seu irmão que também cometeu suicídio. Alphonsus Guimaraens perdeu sua noiva Constança, vitima de tuberculose aos 17 anos. Mesmo casando-se posteriormente, toda sua vida e obra foram marcadas por esta ausência.

Portanto, a saúde frágil e muitas vezes debilitada pela incurável tuberculose (segundo o inglês Shelley: “a doença da moda”), decepções afetivas, fracassos financeiros e a perda de entes queridos formaram um quadro dramático comum aos poetas, que parece ter contribuído intensamente na inspiração e refletido nos temas soturnos do estilo. Assim, a alma dos ultra-românticos manifestava o tédio, melancolia e desilusão em que viviam imersos. Mas seriam os poetas “tristes de nascença”?

Obras de arte (séc XII à XV)

Seu principal ápice é o realismo, nas obras os temas são religiosos, apresentam personagem com muitas roupas e com olhar voltado para o plano celestial.

Ao ver uma de suas pinturas, quem nunca parou para imaginar: o que será que este artista estava pensando para desenhar isso? O que se passava em sua vida? O que este desenho significa? Estas são perguntas que sempre, mesmo contra nossa vontade, vêm em nossas mentes, ao verem obras de tal impacto. Você deve estar se perguntando: impacto porque? pois eu respondo, simplesmente, porque a maior parte dos artistas, sempre fazem quadros, desenhos, com cores cheias de vida, desenhos de plantas, animais, pessoas, cidades, santos, ou então, abstratos, e os artistas góticos, em sua maioria, desenham com cores tristes, neutras, desenhos de almas, de morte, cemitérios, igrejas, templos, pensamentos, horror.. Até mesmo os desenhos abstratos góticos, nos causam impacto.

A simbologia da arte do período gótico, como exemplifica as esculturas acima descritas, é riquíssima em elementos que atestam a fé dos homens de então. Além de se tornar visível na escultura, essa simbologia aparece também nos vitrais coloridos, nas pinturas e nas ilustrações de manuscritos. E é exatamente entre as ilustrações de manuscritos, na maioria das vezes relacionados à temas bíblicos, que encontramos o melhor da pintura gótica. Esses ornamentos costumam ser extremamente coloridos, brilhantes e cheios de símbolos. Na Biblioteca Nacional de Paris podem ser encontradas boas amostras dessas ilustrações, como "Bibles Moralisée" que são a história da bíblia com comentários de natureza moral. Os vitrais multicoloridos também são bastante representativos da arte gótica, principalmente se levada em conta a extrema importância da luz nas igrejas. A luz, ao entrar pelas janelas, assume as cores dos vitrais e cintila, contribuindo para a atmosfera espiritual desses lugares.

Os artistas góticos, da mesma forma que qualquer outro tipo de artista, desenham o que sentem, o que vêm, o que enxergam do mundo que existe e que vivem. Em sua maioria, não tentam fazer obras bonitas com o intuito de agradar aos outros, nem mesmo de vendê-las, mas sim, com o intuito de agradar a si próprio, de expressar o que sentem e o que enxergam, afinal, se quisessem vendê-las, fariam desenhos "alegres" de coisas que nunca sentiram, não passaria de uma obra falsa.

Pouco se tem a comentar sobre as obras góticas, pois os artistas góticos são muito desconhecidos, são muito isolados deste mundo, infelizmente, e por este fato, não se há muitos vestígios de obras plásticas do goticismo.


Bibles Moralisée